Capítulo 15 : Amantes
O Amor ria do espanto dela ao perceber que não é só a Paixão que é capaz de fazer as pessoas perderem o ar. Literalmente.
Sussurrou para ela numa noite, ao pé do ouvido, enquanto ela se perguntava se aquele fogo todo era realmente Amor ou se era Paixão :
- Minha cara, é claro que é Amor. Só porque há tesão, eu não posso estar presente ? Ora, acaso amantes não são sinônimos de excitação e apaixonados sinônimos de meiguice ? Minto ao dizer isto ? Amantes são meus pupilos e você é minha pupila.
Ao ouvir isto, ela fechou os olhos e sorriu ao lembrar daqueles momentos que a faziam perder o ar.
Os olhares eram repletos de desejo, o toque era carinhoso, mas ardente. A troca de sussurros atiçava a imaginação e, ao mesmo tempo, o hálito quente causava arrepios tão constantes que pareciam não cessar.
As carícias percorriam cada centímetro de ambos os corpos e a faziam esquecer como se respira. E o calor que o atrito entre eles causava os fazia transpirar.
O prazer que subia aos poucos pelos dois era intenso, as cenas sempre se davam às escondidas porque eram íntimas demais para serem vistas por outros. Sequer deveriam ser imaginadas por outros que não fossem os enamorados.
Inclusive por mim.
Ela fechou os olhos e me negou a visão completa. Não tenho como dizer o que acontecia depois que ela perdia o ar e o olhava nos olhos de um jeito que só ele sabia interpretar.
Continua ...
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