sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Por uma ostentação diferente


Percebi que não preciso de muito para ser feliz. 

Eu não preciso ter um closet como o da Paris Hilton, cheio de roupas ainda com etiqueta de tão novinhas.
Eu não preciso de um carro do próximo ano, que ninguém tem, apenas eu.
Eu não preciso me adaptar a algum ambiente para que todos me amem e me aceitem.
Eu não preciso ter milhões na minha conta no banco, nem preciso de caixas e caixas cheias de jóias dentro de um cofre na minha casa.
Aliás, eu não preciso nem de um cofre na minha casa. 

As coisas mais valiosas da vida não podem ser guardadas em caixas, nem podem ser mensuradas. Talvez por isso mesmo sejam de graça e estejam ao alcance de qualquer um. 

Na verdade, quase qualquer um.

Acredito que, quem tem tanto para ostentar e exibir, só tem tempo para olhar para si mesmo e para adorar suas coisas. Acaba, sem perceber, privando-se das coisas mais gostosas da vida. 

O dinheiro resolve SIM muitos problemas. Mas, como tudo na vida, o excesso dele é prejudicial. Cega, traz coisas ruins, atrai pessoas falsas e tristezas, incertezas. 
Quando  não se tem dinheiro, convenhamos, a amizade é amizade MESMO, o amor é amor MESMO, porque não há nada para ser ofertado que não seja o próprio sentimento. 
A criatividade flui mais fácil, as situações são mais divertidas porque rir ajuda a amenizar as dificuldades, os momentos ficam mais leves. 

E eu prefiro os sentimentos de verdade aos sentimentos comprados. 
Os comprados, um dia, encontrarão quem pague mais por eles. 
Os de verdade, posso ter para sempre, porque são sinceros. São de coração. 

O que eu quero poder ostentar são meus amigos, minha família, uma paisagem que pude olhar sozinha, outra que pude dividir com alguém. Quero poder exibir um amor bem vivido, a alegria de ter quem realmente goste de mim do meu lado. Quero poder ostentar tanto quanto a Enriqueta na tirinha abaixo. 


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