Capítulo 6 : Carpe Diem
Belíssima. Esse era o adjetivo que a definia naquela noite.
Estava ela ainda dentro do carro quando o avistou.
Precisou de alguns segundos para se recompor depois de constatar o quanto ele também estava lindo.
Talvez fosse a única certeza daquela noite para ela : ela o teria só para si, mesmo que só por alguns instantes.
E mal ela e os demais apostadores da noite começaram a fazer uso de suas linguagens corporais, já distanciou-se para desfrutar dele num canto mais discreto.
Ele a fez tão bem que ela não teve a menor pressa em cumprir com o planejado para a noite.
Foi esquecer quem era, beber como quem queria ser e dançar como quem nunca foi.
Tanta necessidade de fugir era mui fácil de se entender : ela já havia se perdido de tanto esbarrar com inúmeras pessoas, sem se importar com nenhuma delas. Talvez nem ela mesma fosse capaz de perceber isso, só o que ansiava era preencher aquele espaço vazio dentro de si.
E ele voltou, sorrindo como um menino mas um olhar que era o reflexo do que o olhar dela pedia.
Daí em diante, a frase que definiu a noite foi :
Que se danem as apostas, as pessoas que aqui estão e todo o resto, porque só o que interessa agora é você. Amanhã a gente vê o que faz.
Continua ...
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